“Somos uma verdadeira família que se ajuda e se respeita”, conta Luciana

Há oito anos trabalhando na APAE de Jundiaí como assistente financeiro, Luciana Aparecida do Prado Assis acredita que todos os colaboradores da APAE, independente da área em que atuam são resilientes. “Somos todos resilientes. Nós vivemos o momento mais delicado da história desta organização e conseguimos nos adaptar a esta nova realidade e todos se superaram em empatia e acolhimento”, avaliou.

Luciana é um dos rostos da Campanha “Ser resiliente é a nossa cara”, desenvolvida pela agência DMG&A para promover e reconhecer todos os profissionais que atuam no dia a dia da APAE. A pandemia da Covid-19 foi o grande divisor de águas. “Nós somos resilientes. Sempre fomos, nos reinventamos todos os dias. E, neste período de pandemia, a resiliência tocou tão forte que a incorporamos em nossos valores, explicou Suely Angelotti, diretora executiva da APAE de Jundiaí.

A pandemia intensificou a rotina de cuidados e higiene. “Além da higienização dos ambientes, cada profissional tem os produtos para higienizar o seu espaço de trabalho, mesa, cadeiras, computador, telefone. E como mexo com dinheiro, em espécie, ainda uso luvas. Os cuidados foram redobrados por mim e pelos outros”, conta, Luciana que trabalha na mesma sala com outras duas profissionais, a Angélica e a Juliana.

Luciana é casada há quatro anos e recebeu muito apoio do marido quando a pandemia começou. “Tive muito medo no início: não sabíamos com o que estávamos lidando e isso gerou uma ansiedade muito grande. Ainda tenho medo, mas entendi, com apoio do meu marido que a nossa vida não pode parar. Temos que pensar nas pessoas que dependem de nós”, comenta. “Eu pensava: não é só comigo que isso está acontecendo e ter essa percepção me fez entender como trabalhar o lado emocional”, completa.

Embora os profissionais do quadro administrativo não ter contato com os usuários e suas famílias, Luciana cuida das doações que chegam. “As doações são muito importantes para manter as nossas atividades, por isso acredito que sou uma peça importante nesta engrenagem chamada APAE”, explica. “Temos convênios e parcerias, mas a ajuda da comunidade é muito importante e é essa parte dos recursos que passa pelas minhas mãos”, destaca, lembrando que as doações de alimentos, principalmente, diminuíram. “No início da pandemia, a comoção fez as pessoas doarem mais: alimentos, álcool em gel, materiais de higiene e limpeza e, infelizmente, as doações diminuíram, apesar da pandemia continuar e as pessoas ainda estão necessitadas”, alerta.

Destes oito anos, Luciana lembra com carinho de quando chegou na APAE. “Uma amiga me indicou e eu estava passando por um momento delicado da minha vida, com doença na família e trabalhar aqui me lembrou o quanto é bom se sentir útil. Gosto muito daqui. O ambiente é tranquilo e unido e nossa equipe dá muito certo. Cada um respeita a personalidade do outro e o espírito de equipe é muito forte com iniciativa e proatividade: somos uma verdadeira família, que se ajuda e se respeita e foi no período mais crítico que descobrimos o quanto somos fortes e capazes de adaptação”, completa.