A APAE de Jundiaí promoveu um encontro com as famílias para alertar sobre o uso dos colares girassol (deficiências ocultas e não-visíveis) e o de quebra-cabeças (do autismo).
De acordo com Adriana Lourenço de Almeida Azevedo, coordenadora de Assistência Social, hoje em dia há um movimento de divulgação deste colar que leva à desinformação a respeito do seu uso. “Levamos este tema para chamar a atenção das famílias sobre o uso correto, amparado pela informação correta com o intuito de auxiliar as famílias cujos filhos realmente precisem usar e como adquirir os cordões. Algumas famílias também manifestaram dúvidas sobre o uso da carteirinha oficial do governo de São Paulo. A CipTEA é uma carteira de identificação da pessoa com autismo e orientamos as famílias como fazer este documento”, explicou Adriana.
O uso do cordão de girassol é regulamentado pela Lei Estadual 17.897, de 2024, que o instituiu legalmente como um padrão para auxiliar a identificação das pessoas com deficiências ocultas e não visíveis. “É importante que eles entendam o que são as deficiências ocultas e não-visíveis, como por exemplo, a deficiência intelectual e o autismo. O uso do cordão vai garantir às pessoas que os usam a participação na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”, orientou, alertando para a banalização do uso do cordão. “Temos visto muitas pessoas, por falta de informação, usarem o cordão como forma de divulgar e apoiar a causa das pessoas com deficiência, mas o propósito não é esse”, frisou.
Difundindo informação para criar uma cociedade mais inclusiva
O colar de girassol é um símbolo utilizado por pessoas que possuem deficiências ocultas ou não-visíveis, como autismo, transtornos de ansiedade, doenças crônicas, entre outras condições que nem sempre são aparentes aos olhos. O girassol foi escolhido por representar luz e acolhimento, servindo como um lembrete de que nem todas as deficiências são visíveis. Quando uma pessoa usa esse colar, ela está comunicando discretamente que pode precisar de compreensão ou apoio adicional.
O colar com o símbolo do quebra-cabeças, por sua vez, está relacionado ao autismo. Esse símbolo, conhecido mundialmente, representa a complexidade do espectro autista e a necessidade de inclusão, compreensão e aceitação das pessoas que vivem com essa condição. “Cada um de nós tem um papel crucial na disseminação desse conhecimento. Ao entender e compartilhar o que esses colares representam, ajudamos a construir uma sociedade mais acolhedora, onde todas as pessoas, independentemente de suas condições, sejam tratadas com a dignidade e o respeito que merecem”, comentou Luciana França, coordenadora de Captação de Recurso da APAE de Jundiaí.
Como emitir a CipTEA?
A CipTEA (Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista) que funciona como um crachá de identificação, foi instituída pela lei Romeo Mion, nº 13.977 de janeiro de 2020, e tem por objetivo, identificar a pessoa com o autismo, para facilitar a atenção integral e prioritária nos atendimentos, seja eles públicos ou privados. “A carteirinha traz informações importantes sobre a saúde, como alergias, tipo sanguíneo e ela tem validade para todo o Estado de São Paulo. As informações sobre o usuário podem ser acessadas por meio de um QR Code que valida o documento como oficial”, anunciou, explicando como as pessoas podem fazer para tirar a CipTEA que pode ser de forma on-line, no site oficial do governo, ou presencial, no Poupatempo da cidade.
Adriana alertou ainda que somente estes dois canais podem emitir a carteirinha oficial do governo estadual. “Oportunistas estão usando a situação para ganhar dinheiro e vendendo o crachá até pelo Mercado Livre”, alertou os pais para não comprarem a carteirinha que é confeccionada gratuitamente pelo governo estadual, mostrando o passo a passo de como solicitar a carteirinha.
Como solicitar a emissão da CipTEA:
– De forma digital: acesse o Portal (ciptea.sp.gov.br), preencha o cadastro e anexe o relatório médico e a foto de rosto. Quando aprovada, a carteira fica disponível para download e impressão.
– Presencial: os postos do Poupatempo fazem a emissão gratuita do documento. O Poupatempo Jundiaí fica na Av. União dos Ferroviários, 1760 – Centro.
