APAE de Jundiaí é exemplo para todo o Estado; Projeto Eletrosolidário tem a meta de arrecadar 10 mil toneladas de lixo eletrônico
Helen Brito, Marcelo Souza, Lucas Almeida e Edison Gonçalves

O presidente da APAE de Jundiaí, Edison de Moraes Gonaçalves, e a diretora executiva, Suely Angelotti, participaram na manhã desta segunda-feira, 2/10, de uma coletiva de imprensa na Indústria Fox. O encontro reuniu repórteres e assessores de imprensa de São Paulo e região para divulgar o Projeto Eletro Solidário, uma iniciativa que vai envolver todas as APAEs do Estado de São Paulo, a partir da Federação das Apaes (FEAPAE SP). Depois da coletiva, todos participaram de uma visita à área onde são desmontados os equipamentos e reciclados e transformados.

O projeto piloto teve início a partir de uma parceria com o CIESP Jundiaí e a APAE para arrecadação de lixo eletrônico. Todo o lixo arrecadado reverteria em dinheiro para a APAE. “O projeto piloto começou em 2021 e foi até dezembro de 2022 e arrecadou quase R$ 15 mil para a APAE. Nós trabalhamos em três áreas assistência social, saúde e educação e os convênios que mantemos com o poder público não cobrem todos os custos que temos. Uma média de 35%, nós buscamos em eventos, com a Nota Fiscal Paulista, doações. Por isso, toda contribuição é bem-vinda: acreditamos que este projeto vai ajudar muito as APAEs de todo o Estado, ao mesmo tempo que vai orientar as pessoas sobre a maneira correta de descartar o lixo eletrônico, beneficiando o meio ambiente e a saúde das pessoas”, comentou o presidente. “A APAE de Jundiaí, então, continua sendo um local onde as pessoas podem descartar o lixo eletrônico de maneira correta e ainda contribuir com os nossos atendimentos”, completou o presidente.

O Projeto Eletro Solidário tem como meta arrecadar 10 mil toneladas de lixo eletroeletrônico. “Para se ter uma ideia a quantidade é equivalente a 10 vezes o peso do Cristo Redentor. O valor arrecadado com as doações será antecipado e integralmente repassado as APAEs que aderirem ao projeto”, anunciou Marcelo Souza, CEO da Indústria Fox, empresa brasileira referência em sustentabilidade, tecnologia e inovação.

A ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos) também participa do projeto que antecipa no Brasil as ações voltadas para o dia internacional do lixo eletrônico. “Anualmente, mais de 40 países promovem programas voltados para esse tema durante todo o mês de outubro para que se tenha mais conscientização sobre a importância do descarte correto deste tipo de resíduo”, explicou Helen Brito, gerente de relações institucionais da ABREE. “É uma honra podermos fazer parte dessa parceria, pois é a oportunidade de contribuir para duas ações de grande importância social e ambiental”, completa.

Segundo Marcelo Souza, o projeto vai muito além do descarte correto do lixo eletrônico. “Nós queremos gerar ainda mais visibilidade e alcances maiores para que os benefícios sejam tanto para a economia circular quanto para desenvolvimento humano por meio da inclusão social, a sustentabilidade, o consumo consciente, o uso de recursos naturais, a circularidade de matérias primas, a economia de energia, a proteção climática, as emissões de gases na atmosfera entre tantos outros impactos que fazem parte de parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Organizações das Nações Unidades – ONU”, explicou.

O projeto está pautado no engajamento da sociedade civil na cultura socioambiental, na importância da circularidade de materiais de fonte secundária para atender à Lei 12.305/2010, beneficiar a economia, gerar empregos, rendas e contribuir diretamente para o aprimoramento dos serviços oferecidos pela APAEs às pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, e Transtorno do Espectro Autista (TEA). A Federação das APAES do estado de São Paulo, localizada na cidade de Franca – SP, atua há 30 anos na prestação de serviços e assessoramento de excelência a trezentas e oito (308) APAEs do estado São Paulo e visa os direitos da pessoa com deficiência. O trabalho constante da FEAPAES-SP impacta hoje mais de 70 mil pessoas em 645 municípios. Uma trajetória de seriedade reconhecida pelo CEBAS, Selo A Doar e a eleição como uma das 100 melhores ONGs do país.

Depois da coletiva, todos visitaram a área onde os equipamentos são separados, reciclados e transformados

“Estamos muito felizes com a parceria, pois ela vem para contribuir expressivamente para melhoria dos serviços prestados às pessoas com deficiências e suas famílias realizados pelas apaes nas áreas de assistência social, educação e saúde. Além de abrir uma visibilidade e conexão de empresas (ESG) e pessoas que se engajarem com o projeto para conhecer a instituição como um todo. É uma forma de contribuirmos para além do social, mas também com o meio ambiente . Este é nosso DNA, transformar vidas e contribuir para um mundo mais justo, acessível, igualitário e agora sustentável”, explicou Lucas Almeida, gerente geral FEAPAES-SP, Federação das APAEs São Paulo.

Sobre o descarte de lixo eletrônico

Os números ainda são assustadores. Apenas 3% do lixo eletrônico produzido na América Latina é descartado corretamente e o restante, 97%, não é monitorado, mesmo podendo conter materiais de alto valor, como ouro e metais, que poderiam ser recuperados, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o Ministério do Meio Ambiente, desde a vigência do decreto 10.240/2020, o Brasil registrou crescimento na quantidade de resíduos eletroeletrônicos coletados.

No ano anterior ao decreto, em 2019, o País coletou 16 toneladas. Em 2020, o montante subiu para 105 toneladas. Em 2021, coletaram 1,2 mil toneladas de materiais como celulares, computadores, televisores e fones de ouvido. O aumento foi de 75 vezes em 3 anos; A meta para 2021 é reciclar 1% do que foi vendido em 2020; 3% em 2022; 6% em 2023, 12% em 2024 e 17% em 2025. – Fonte: Eletros

Visando aumentar a reciclagem de resíduos eletrônicos no Brasil foi assinado o Decreto 10.936/22, que criou o Programa Nacional de Logística Reversa. A meta do Ministério do Meio Ambiente é que o Brasil tenha 5 mil pontos para descarte desses produtos até 2025.
O lixo eletrônico. Segundo relatório desenvolvido pela Universidade das Nações Unidas, o Brasil descarta 2 milhões de toneladas desse tipo de resíduo por ano e menos de 3% são reaproveitados. O país ocupa o quinto lugar no ranking de maior produtor do material no mundo, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Japão.

Mais sobre a Indústria Fox

Fundada em 2009, a Indústria Fox é pioneira em reciclagem com base na captação de gases no Brasil, foi a primeira fábrica de produção reversa de refrigeradores na América do Sul e se tornou referência em gestão e solução de armazenagem, manutenção, reforma e reparo de equipamentos. A empresa se posiciona com programas próprios de eficiência energética, além de processos de remanufatura de produtos. Com isso, é a única no Brasil a unir os três pilares de reciclagem, remanufatura e eficiência energética. Tudo isso alinhado com novas tecnologias e desenvolvimento de economia circular e indústria 4.0. https://www.industriafox.com.br/