Não são somente os professores e profissionais da área de saúde que estão sendo reverenciados na Campanha “Ser Resiliente é a nossa cara”, promovida pela DMG&A para a APAE de Jundiaí. Os colaboradores da área administrativa também são resilientes. “Todos aprendemos muito com a pandemia, a nos reinventar e, principalmente, a superar o medo, as incertezas e continuar firmes em nosso propósito de atender as pessoas com deficiência”, comentou Suely Angelotti, diretora executiva da APAE.
Angélica Aparecida Vieira dos Santos Capelli tem 37 anos e há 7 trabalha na APAE de Jundiaí e é responsável por toda a contabilidade da organização. “Lembro quando respondi ao anúncio que a APAE publicou no jornal anunciando a vaga. Eu havia acabado de sair de um escritório onde atuava como auxiliar e aqui, recebi a responsabilidade de cuidar de toda a contabilidade”, conta. “Na época eu expliquei que tinha conhecimento em algumas obrigações acessórias, mas eles acreditaram em mim”, lembra.
E essa confiança que Angélica sentiu dos gestores é que move o seu dia a dia na APAE. “O incentivo da organização veio com investimento: a APAE bancou os cursos que precisava fazer para aprender sobre as áreas que eu não tinha conhecimento. Eles apostaram em mim, confiaram no meu trabalho e sou muito grata por todo esse apoio”, explica.
Hoje, sete anos depois, Angélica cuida de toda a contabilidade da APAE. “Gosto muito do que faço, o ambiente de trabalho é tranquilo e a relação com os colegas é saudável. Temos uma rotina de trabalho e tudo funciona bem”, comenta, destacando que, com a pandemia, a rotina não mudou, apenas aumentaram os cuidados com a higiene. “Recebemos orientação para redobrar os cuidados com a higiene: álcool em gel foi disponibilizado para todos para mantermos mãos e mesas limpas. O uso da máscara também é obrigatório, reforçando a preocupação e o cuidado com todos”, enumera.
E diante de tanta novidade, Angélica acredita que o medo da doença não atrapalhou. “Nós ficamos apreensivos no começo e, sob orientação do governo estadual e municipal, no início da pandemia trabalhamos em home office”, lembra. “Trabalhei 30 dias em casa e a adaptação foi tensa: tenho uma filha pequena e tive que administrar o trabalho e a bebê que na época tinha dois aninhos”, explica, contando que hoje a Heloísa está com três anos e fica com a avó, um ambiente que Angélica reforça como “seguro e conhecido”.
E, diante de todas as mudanças, a contadora acredita que todos são resilientes sim. “Essa é uma característica que faz parte da APAE, de todos os profissionais, principalmente, os da área de Educação e Saúde. Vejo o carinho grande de todos eles e a forma como abraçam a causa, apesar das dificuldades que enfrentamos no início da pandemia até a adaptação”, avalia.