PIP (Programa de Intervenção Preventiva) transforma cuidados com bebês
A psicóloga, Lygia Achette, e a fisioterapeuta, Juliana Medina Riccetto Pereira.

O Programa de Intervenção Preventiva (PIP) é um dos destaques na APAE de Jundiaí como uma iniciativa essencial para a saúde e desenvolvimento de bebês de zero a dois anos. Desenvolvido em parceria com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde, o PIP oferece atendimento personalizado e acompanhamento especializado nas áreas de psicologia, fonoaudiologia e fisioterapia para bebês de alto risco.

Na APAE, o PIP, destinado a bebês que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento saudável, é um trabalho de prevenção. Esses pacientes são encaminhados ao programa pela UBS ou pelo Hospital Universitário, que atuam como pontos de triagem para identificar aqueles que mais se beneficiariam do acompanhamento especializado.  “A prevenção é importante, pois, sabemos que intercorrências durante a gestação, parto ou pós-parto aumentam as chances da criança apresentar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor”, explicou a fisioterapeuta, Juliana Medina Riccetto Pereira, que ao lado da psicóloga, Lygia Achette, explica como funciona os atendimentos.

O programa proporciona uma abordagem multidisciplinar com participação dos pais que são orientados para oferecer o estímulo em casa também. “Do zero aos dois anos de idade, é o período que o cérebro mais se desenvolve. Quando uma criança é estimulada nesta fase, as chances de conquistar o ganho funcional é grande. Nesta idade também, o cérebro está apto a receber a estimulação necessária, o que facilita o seu desenvolvimento e adaptação”, explica Lygia. “A participação dos pais neste processo é fundamental para que continuem observando, estimulando e contribuindo para o desenvolvimento dos filhos”, anuncia.

O PIP tem mostrado resultados significativos e as famílias atendidas pelo programa relatam maior segurança e conhecimento para cuidar de seus filhos, além de um suporte contínuo que faz toda a diferença nos primeiros anos de vida. “Saber que o filho foi encaminhado para a APAE, nem sempre é uma notícia fácil de receber, nós sabemos disso, mas este atendimento não significa que o bebê terá alguma deficiência: é importante reforçar que estamos tratando a prevenção para que ele tenha um desenvolvimento o mais saudável possível. As mães chegam com medo e trazem o preconceito de ter um filho sendo atendido pela APAE, mas ao final do programa, elas agradecem por terem aprendido a lidar melhor com os bebês e se emocionam por terem feito parte de tudo isso”, comenta a psicóloga Lygia.

Recentemente renovado com a Prefeitura, o programa passou por algumas mudanças, melhorando ainda mais o atendimento: agora, os bebês passam uma vez por semana com a fisioterapeuta, em duplas, acompanhados dos pais. “Quando chegam, eles passam por uma avaliação e, de acordo com a idade da criança, conseguimos constatar se ela está abaixo, na média da população, ou atrasada no seu desenvolvimento, explica Juliana.

Além do atendimento com a fisioterapeuta uma vez por semana, os bebês passam com a psicóloga uma vez por mês e, quando completam 1 ano e 4 meses, passam também com a fonoaudióloga. “Esta mudança foi muito importante, principalmente, para a fisioterapia, muitas vezes, com algumas orientações para os pais, a criança já responde aos estímulos”, comemora a fisioterapeuta.

“Precisamos tirar a ideia de que as crianças que vêm aqui têm alguma deficiência. O PIP é um programa inspirador de como a intervenção precoce e o cuidado integral podem transformar a vida das crianças e de suas famílias, promovendo um futuro mais saudável e feliz para todos”, comentam as profissionais.