“A teoria aprendi na faculdade, mas a prática veio com a oportunidade que recebi na APAE”, conta Amanda

Você sabia que pessoas resilientes são capazes de manter a calma diante das adversidades? Essas pessoas mantém o autocontrole e o otimismo e encaram as situações que se apresentam com tranquilidade. Difícil, não é? Sim, é difícil, mas não é impossível! Aqui mesmo na APAE de Jundiaí você encontra essas características em todos os profissionais. Ela é tão forte que se tornou o tema da campanha de marketing da organização em 2021.

“E para demonstrar essa força e capacidade, estamos entrevistando todos os nossos profissionais para contar suas histórias de superação, como contornaram as adversidades diante da COVID-19 e como estamos retomando as atividades, com todos – alunos e suas famílias, usuários e profissionais – vacinados”, comentou Suely Angelotti, diretora executiva da APAE.

A terapeuta ocupacional, Amanda Kellen dos Santos Fonseca, é uma destas profissionais resilientes. Ela trabalha há 3 anos na APAE com o programa da Educação NEP Global (Núcleo de Estimulação Precoce) com crianças de 0 a 6 anos. “A resiliência é importante para qualquer profissional da saúde, neste momento de pandemia: enfrentamos diversas situações todos os dias e a calma, a capacidade de rever estratégias, diante das dificuldades, contornar e reverter situações adversas para atingir os objetivos propostos pela APAE foi o nosso grande desafio nestes últimos meses”, ressalta.

Amanda está vivendo um novo momento em sua vida: está grávida de quatro meses. “Entrei na instituição em fevereiro e me casei em maio do mesmo ano e agora estamos grávidos”, comemora. “Saí da faculdade e fui direto para a APAE, estou gostando muito de trabalhar nesta área e a APAE tem sido um lugar de muito aprendizado: a teoria aprendi na faculdade, mas a prática veio com o dia a dia e esta oportunidade que recebi”, conta, destacando que ama o que está fazendo.

Amanda trabalha com crianças com atraso no desenvolvimento, a grande maioria tem autismo. “É um desafio diário e, ao mesmo tempo, motivador, porque vemos o quanto nosso trabalho é importante para o desenvolvimento das crianças”, explica. Mas, para ela, com a pandemia, a participação da família e dos pais foi fundamental para que as crianças fossem estimuladas. “Gosto muito de orientar as famílias. Quando tivemos que suspender os atendimentos presenciais, por conta da pandemia, as famílias desenvolveram o papel muito bem. E pudemos medir a evolução daqueles que receberam e continuam recebendo a atenção das famílias”, avalia.

Para a terapia ocupacional, que depende do contato e da estimulação com os alunos para alcançar seus objetivos, o teleatendimento foi um período difícil. “Nós orientávamos os pais, com vídeos pelo WhatsApp e eles retornavam com os feedbacks positivos, muitas vezes recebíamos comentários surpresos com a capacidade dos próprios filhos. O que podemos tirar de positivo desta pandemia foi essa aproximação da família com os filhos que se intensificou como nunca”, destaca. “As famílias começaram a ver como era difícil o trabalho de estimulação com os filhos, mas eles tomaram para si essa missão. No final, aprendemos juntos uma nova forma de trabalhar e deu certo”, comemora.

Os atendimentos presenciais foram retomados em agosto e para Amanda tem sido uma volta desafiadora, principalmente, com relação ao comportamento das crianças. “Foi muito bom poder revê-las e identificar as defasagens: hoje estou remota por conta da gravidez, mas acompanhando tudo de longe”, explica.

O mundo ficou com medo da pandemia e não foi diferente com os profissionais da APAE. “Todos estávamos apreensivos pela situação, mas encontramos uma estrutura segura que nos deu tranquilidade para trabalhar e a volta aos atendimentos presenciais foi tranquila por conta da infraestrutura que APAE nos ofereceu”, completa.