O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, é comemorado em 2 de abril e visa ajudar a conscientizar a população sobre o um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.
Para reforça a importância da data, a APAE de Jundiaí foi tema de matéria produzida pelo Jornal de Jundiaí, por conta do atendimento prestado.
Na matéria, foram entrevistadas a pedagoga, Tatiana Cruz e a mãe da Lavígna, uma assistida da Organização, Talita Berion, que relataram o preconceito, as dificuldades no diagnóstico, a dificuldade na inclusão escolar e também no mercado de trabalho.
Veja trecho da matéria
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é considerado um distúrbio neurológico que pode afetar três áreas do desenvolvimento humano como a comunicação, socialização e o padrão comportamental, seja ela restritivo e repetitivo, conforme explica a pedagoga da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, a APAE, Tatiana Massaroni Cruz, 44 anos. “O primeiro passo a ser dado quando chega o diagnóstico é estimular a criança nas áreas necessárias, seja por fonoaudiólogo para trabalhar a questão da expressão e comunicação; terapeuta ocupacional para habilidades sensoriais além do psicopedagogo e psicólogo para as questões cognitivas”, afirma.
Lavígna Berion, 9, foi diagnosticada com autismo há sete anos. A mãe, Talita, 33, acompanha a filha nas atividades que auxiliam em seu desenvolvimento. “Quando ela completou um ano percebi que não correspondia aos meus olhares enquanto amamentava e também demorou para falar. Senti que havia algo errado”, relembra. Segundo Talita, o diagnóstico da filha foi difícil. Foi necessária a avaliação de três médicos. “Eles diziam que o fato dela ser quietinha era normal. Até que o último me deu um encaminhamento para a APAE que confirmou e, hoje, posso dizer que ela evoluiu muito.”
Tatiana explica que a dificuldade em diagnosticar o autismo está justamente na observação do comportamento da criança. “Não corresponder aos olhares, se isolar ou apresentar dificuldades na fala pode ser um dos indícios”, alerta.
Lavígnia, além de se dedicar às atividades da APAE, frequenta a escola normalmente. Ela é atendida pela Rede Municipal de Ensino de Jundiaí, junto com outras 173 crianças que aprestam o TEA.
Fonte de trechos da entrevista: Jornal de Jundiaí – Isabela Cristófaro
Foto: Alexandre Martins